Ezequiel 36: 26-28: "Dar-vos ei um coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne. Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juizos e os observeis. Habitareis na terra que dei a vossos pais; vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso DEUS."
Que essa palavra possa ser luz para as trevas que habitam em nós e assim, o Espírito Santo de Deus afaste de nossos corações toda a escuridão, enchendo-nos de luz, para que também sejamos luz na terra.
Peço ao nosso amado Pai e nosso Senhor Jesus Cristo que derrame o Espríto Santo de Deus sobre vossas vidas, dando-vos toda a sorte de bençãos multiplicadas, para que 2013 seja um ano não só de vitórias e bençãos, mas um ano em que nossos corações se aproximarão ainda mais de Deus, da sua vontade e da sua obra.
Um abençoado 2013 para todos vocês!
Cultura, lazer e diversão. O mundo precisa disso tudo e de informação! Aqui você tem espaço para expressar sua opinião. Respeite o direito do próximo, pois o seu termina no limite do dele. Nerds, Geeks, Otakus, Jornalistas, Escritores, Estudantes... Todos são bem-vindos! Este é lugar para quem teve uma mudança na mente e deseja que o mesmo se aplique a este mundo. Se você tem coragem então grite: FALO MESM0!
domingo, 30 de dezembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Compartilhe O Amor
Há algum tempo não vos escrevo, é verdade. Muitos me param na rua e comentam sobre minhas postagens e me questionam sobre as novidades. Eu fico realmente grata e emocionada. O Blog é novo, pequeno e nem sequer tive tempo de dar uma repaginada nele. Ainda assim, existem aqueles que compartilham dos mesmos sentimentos, desejos e pensamentos. Ver o sorriso no rosto de alguém, ouvir um elogio ou uma crítica, tudo isso faz com que você se estimule mais a cada dia. Por essas pessoas eu trago hoje uma mensagem de amor. O amor não é apenas um sentimento apropriado para ajuntar casais, manter a harmonia no lar e fortificar os laços de amizade. Esse nobre sentimento transforma vidas. Vamos viver um tempo em que ao invés de compartilharmos mensagens de 'correntes', conversa fiada no facebook ou no twitter, compartilharemos AMOR. Existem tantas formas de se fazer isso! Desde um simples bom dia acompanhado de um sorriso, até a adoção de uma vida. Milhares e milhares de pessoas nesse mundo tão vasto ( e tão pequeno ao mesmo tempo) estão necessitando apenas de amor. Um gesto que lhes conforte, saber que existe alguém que se preocupa, que lhe deseja o bem. Um amigo que lhe manda uma sms, um colega no trabalho que se dispõe a lhe ajudar a diminuir sua carga, uma mão que se estende ao desamparado. Todas essas manifestações de amor são válidas e dignas. E isso muda o nosso viver e em consequência, o nosso mundo. Se as pessoas amassem mais, se preocupassem mais, compartilhassem esse sentimento, grandes coisas, grandes obras ocorreriam para a transformação da sociedade, para que vivêssemos em mundo melhor. Aprendi há muito tempo, quando já sem esperanças me entreguei aos caminhos do Senhor, pelo amor D'Ele, eu descobri que não há nada que se compare a amar e ser amada. Amigos, eu ouço constantemente pessoas falando que igreja não transforma nem salva ninguém. Verdade. Quem salva é Cristo, é o amor do Pai que transforma. Mesmo aqueles que não descobriram isso, são capazes de amar. Então, por que não compartilhar? Hoje, pelo menos hoje faça um gesto de amor para com o próximo e descubra que imensa alegria você terá. Se amanhã, tentar fazer novamente esse gesto, verás que a sua vida irá melhorar. Não ame porque está na moda. Dizer 'EU TE AMO', foi banalizado há muito tempo. Por isso ame incondicionalmente e não apenas através de palavras, mas também, de suas ações. Quero que aqueles que entenderam essa mensagem me procurem e me digam como foi sua experiência. Por que eu tenho certeza absoluta, que nada tem maior força que o AMOR. Descubra isso, viva isso, compartilhe o amor.
Michelli Mortari.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Nada Se Compara à Você
Deixando poesia, por que cultura é arte e tudo faz parte!
Meus sonhos e ilusões,
Meus amores, minhas paixões.
O brilho das estrelas no céu,
A cascata espumante que cai como um véu,
Nada se compara à você.
O perfume dos lírios nos vales,
O azul profundo dos mares.
Um beija-flor cintilando nos ares,
A cura milagrosa de todos os males.
Nada se compara à você.
Embebecido em seu mel,
Fadado ao seu fel,
Que emana em sarcasmo de ti,
Que me fere e escondo as lágrimas
Enquanto você ri.
Nem isso, nem qualquer coisa.
Nada se compara à você.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
OFERTA E DEMANDA
OFERTA E DEMANDA
O dia de você escolher quem deseja
que esteja à frente de sua cidade, tomando as decisões por você está chegando.
Também posso ver algo mais se aproximando, espera... Está à porta! Sim! São
eles. Os políticos que vêm à sua igreja, seu grupo de oração, sua reunião
familiar para pedir seu voto. Eles não estão aqui para pedir o seu perdão pelo
dinheiro desviado, pelas promessas não cumpridas, pelo falatório de encher
linguiça. Claro que não. Eles começam a aparecer nas igrejas, portando-se como
cidadãos exemplares, pais e mães de família, crentes e adoradores de Deus. Só
que ninguém os vê antes disso. Eles não praticam a palavra que diz: “Daí de
comer a quem tem fome, e de beber a quem tem sede. Ajudai o órfão e a viúva, e
o idoso.” Se você chegar a bater na porta de qualquer um deles fora de período
eleitoral, provavelmente não receberá resposta e ajuda então, sem comentários.
No entanto você pode vê-los e
tocá-los agora. Está chegando o dia em que poderá julgá-los como os santos que
governarão por quatro anos. E todos se comportarão dessa forma após ganharem
seu voto, serão como santos, que não vemos, não tocamos. É ou não é uma
barbaridade? Uma profanação dos templos, da família, da fé?
Na verdade amigos, não passa da lei
da oferta e demanda. Eles querem muitos votos ( e concordamos que a igreja tem)
e vocês precisam de um candidato. Por que não utilizar as igrejas e barganhar
pelo voto apelando para a fé, puxando para o lado emocional de cada um? Você
concorda com isso? Quem vai à igreja, vai para ouvir as promessas do reino de
Deus, ou as falsas promessas de políticos? Você está lá por que não passa o
horário eleitoral na sua TV, no seu rádio, ou por que está buscando alguém
maior, que possa estender-lhe a mão e lhe ajudar de verdade?
Saibam que o corpo da igreja não são
as paredes, mas as pessoas que nelas estão. Para derrubar um templo, basta
atingi-los. São vocês que tem o poder nas mãos agora e dizer se aceitam ou não
que tal pessoa faça politicagem na casa de Deus. Penso que, não importa se você
é católico, evangélico, protestante, agnóstico. Cada coisa que fique no seu
devido lugar. Da minha parte, para quem ainda não tem sua opinião sobre o
assunto, adianto que não voto em pessoas que usam da fé, da boa fé, para obter
voto. E você? Aceita? Seja qual for sua opinião, o importante é nunca ficar
calado. E é por isso que eu FALO MESM0!
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
A BATALHA DE SENTSAN
A
tempestade durava quatro dias. As noites terrivelmente frias não davam descanso
ao herói. As fadas e criaturas mágicas o acompanhavam, curando suas feridas,
incentivando suas batalhas. Sentsan tornara-se um campo de guerra. As flores
não mais desabrochavam, os lagos de águas cristalinas estavam manchados de
sangue e o guerreiro Max, tinha ainda a esperança de resgatar sua amada. Havia
tempos que o Rei de Sentsan determinara que o vencedor teria a mão de sua filha
em casamento. Isso era o costume, como em todos os contos que Max ouvira quando
criança, mas agora, a parte encantada não existia. Ele amava verdadeiramente a
Cecília, e se perdesse esta batalha, estava convencido de que não suportaria
viver vendo-a nos braços de outro homem. Sua luta era contra todos. Seus
motivos, nobres. Cecília declarara sua paixão por ele meses antes da batalha
começar. Max não suportava ver sua expressão triste, desolada, apoiada ao mural
de seus aposentos reais. Partia o coração do rapaz.
O
quinto dia chegou como um furação destruidor. Max lutava contra dragões, bestas
e feras, incansavelmente, porém, contra homens, ele sofria ao desembainhar sua
espada ou recitar suas magias. Max não gostava de matar. Sua natureza
compassiva, seu coração gentil, o impediam de ser alguém impiedoso. Mas era por
Cecília que ele lutava agora e precisava vencer. No campo externo do pátio
inferior da ala leste, ele destruiu todos os obstáculos e tendo como o último,
seu melhor amigo.
Max
ficou terrivelmente abalado diante do jovem que se apresentava a ele. Quando
foi que Alvin se juntara a esta guerra? Dividido entre emoções distintas,
perdeu o foco e não pode se esquivar com rapidez suficiente do golpe que Alvin
desferira contra ele. Sua espada não alcançou o alvo, porque ele ainda não
havia decidido ferir. Gotas de chuva turvaram suas vistas. Ou seriam as
lágrimas? A dor da traição o afetava mais que a ferida aberta em seu peito
jorrando sangue e manchando as poças ao seu redor.
Cecília
assistia a última luta, com as mãozinhas delicadas junto ao seio. Ao ver seu
amado ferido quis lançar-se, mas foi impedida por cinco pequenas fadas
coloridas, que juraram salvar o seu amor. No entanto, as fadas precisavam de
ajuda em seu reino mágico, e como pagamento, Cecília e Max deveriam viver por
dez anos no mundo encantado. A princesa não hesitou. Cortando o dedo com uma
adaga especial, deixou que a gota de sangue flutuasse até o pergaminho da fada.
O pacto estava feito. As fadas voaram apressadas até Max que caído, ferido na
alma e no corpo, não podia defender-se do golpe que Alvin estava para desferir
contra ele. Seria fatal.
Usando
de um encantamento poderoso, as fadas fecharam a ferida de Max, no entanto, sua
força vital havia se perdido em grande quantidade. A espada de Alvin atingiu o
escudo de Max, antes que ele pudesse se levantar. Alguém da plateia atirou uma
pedra e Alvin se esquivou no último segundo. O mundo conspira a favor dos que
amam de todo o seu coração. Max levantou-se, cambaleou e tossiu um pouco de
sangue. Olhou nos olhos de seu amigo com uma muda interrogação. A resposta que
recebeu foi suficiente para tomar uma corajosa decisão. Avançou para o alvo com
suas últimas forças. Já não poderia usar de magia, pois precisaria estar mais
forte. Dependia apenas de seu braço fe sua espada fiel. Uma luta mortal se
travou. Max ainda sentia repugnância em matar, mas Alvin gritou dizendo que
seria o próximo rei. Que ninguém tomaria o ouro que esperava por ele e que
deixaria Max ser o seu cão se desistisse de lutar. A fúria que o assomou foi
indescritível. Se o objetivo de Alvin não era a mão de Cecília, e sim, apenas a
riqueza, o amigo não merecia vencer. Suas dúvidas desapareceram e com um
floreio habilidoso acertou o amigo por baixo do braço, exatamente onde a
armadura oferecia uma brecha, deixando-o desprotegido. Alvin caiu sobre os
joelhos antes de bater de rosto na lama. As pessoas aclamavam o herói da
batalha de Sentsan. Max não se importava com isso, seu prêmio, sua grande
recompensa lhe acenava do alto de uma janela na torre do castelo.
Max
foi capaz de vencer todos os obstáculos a ele impostos. Não sucumbiu diante de
nada, pois dentro dele havia uma poderosa magia, algo que o tornara invencível,
tão antiga quanto o mundo. Uma magia chamada de amor. Mesmo com a promessa de
Cecília de viverem ambos no mundo encantado das fadas, ele não duvidou. Viveria
em qualquer lugar, lutaria contra qualquer tipo de monstro, humano ou não. Com
sua amada, arriscaria a vida com um sorriso nos lábios e morreria honrado por
defendê-la. Sua alma nobre vivia em corpo forte com um coração valente. A
benção da natureza caiu sobre eles, que juntos, desapareceram num passe de
mágica.
(Mais um conto para vocês passarem o tempo)
Autora: Michelli Mortari.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Central Rondônia
Conheçam o nosso site parceiro: www.centralrondonia.com.br ! Notícias do Estado com qualidade e imparcialidade!
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Laranja, banana e Marmeladaaaa!!!
“Atenção você moreninho, moreninha que esta
lendo isso agora! Atenção você loirinha, ruivinha que é hora da promoção! É a feira
da eleição.”
Só
tá faltando isso não é? Parece feira! O que o governo pensa que está fazendo? Primeiro,
dá o bolsa família, o que vai contra
conselhos tão antigos que chegam a ser bíblicos: “Ensine a pescar ao invés de
dar o peixe”. Depois inventa de dar a “bolsa racial”... É isso mesmo
produçãão???
Essas cotas universitárias, como são originalmente chamadas, não passam
de mais discriminação racial e social. É verdade que nem de longe isso repara
todo o sofrimento dos afrodescendentes do passado. Mas a realidade hoje é outra!
Isso de distribuir cotas pra quem é negro
para entrar na universidade é uma piada de mau gosto. Ou melhor, uma p*
sacanagem. É o mesmo que dizer: “pegue aqui uma esmolinha por termos
escravizados seus antepassados”. Estão pisando no sangue derramado, na
conquista da liberdade lá com a Princesa Isabel! Envergonhando a luta dos negros
por seus direitos!
Ridículo! Mil vezes ridículo! Se
virou feira, quero ajuda do governo também, porque não sou branca nem negra...
E aí? Eu fico no meio, como é que faz? Se eu me sentir discriminada por ser
‘parda’, posso ganhar algum benefício também? Quem sabe me aposentar aos trinta
com salário de senador? É uma pouca vergonha!
Eu, que não sou negra, se fosse, não
aceitaria isso. É preciso entrar quem tem raça! Quem estuda, quem se dedica,
QUEM PASSA NO VESTIBULAR! Eu fiz o meu e passei muito bem. Também não tinha
grana pra cursinho não! Meu último ano escolar, estudei em uma excelente
escola: COMO BOLSISTA! E por essas e outras que defendo que só deve entrar na
faculdade quem tem capacidade pra isso. Seja negro (afrodescendente), pardo,
ariano. Pobre é pobre e não importa a cor. Se não tem grana pra pagar cursinho,
escola particular ou subornar o reitor pode ser até azul, verde ou cor-de-rosa.
A cor não faz diferença, nem para melhor, nem para pior. Essa tal: cota é só
mais uma forma de dizer que os demais são melhores que os afrodescendentes. Meu
avô era negro, não tenho vergonha de dizer. Foi um homem de honra que morreu
como militar. Tenho orgulho de ser neta do senhor Oscar Alves. Um negro. Um
militar. Um defensor da pátria. Portanto, se alguém estiver pensando que estou
criticando essa palhaçada toda porque sou quase
branca está muito enganado. Eu defendo o que é certo. Há um princípio
constitucional que diz que perante a lei todos somos iguais... Ahhh... É MESMO?
Então por que essa discriminação? Por que diferenciar brancos de negros? Se
somos todos iguais e a lei é pra todos, o direito/dever de entrar na
universidade só mediante concurso de vestibular também deve ser pra todos! Ou
então acabe logo com isso e deixa todo mundo entrar. (Será?)
Meu amigo e colaborador segue essa linha de raciocínio:
“Ao invés de cortar o mal pela raiz, ou seja, investir maciçamente no
ensino básico criam-se cotas. É mais cômodo para o nossos dirigentes, sob o
argumento de compensar o passado de absurdos cometidos. E esse compensar,
leia-se, através do Ensino Superior e não pela Educação de Base (e de
qualidade) como deveria ser. A universidade não deve servir de palanque eleitoreiro,
mas sim de produção de ciência.
O governo prima pelo quantitativo em detrimento do qualitativo, querem a todo custo maquiar o abismo em que se encontra ensino público, aumentando-o cada vez mais a partir das suas medidas oportunistas e paliativas que não resolvem a problemática de fato”. – Leonardo Chaves.
O governo prima pelo quantitativo em detrimento do qualitativo, querem a todo custo maquiar o abismo em que se encontra ensino público, aumentando-o cada vez mais a partir das suas medidas oportunistas e paliativas que não resolvem a problemática de fato”. – Leonardo Chaves.
Não preciso comentar mais nada. A
Larissa Medeiros, que me enviou algumas reportagens a respeito do assunto,
também discorda da criação dessa cota racial. É sua vez de deixar sua opinião.
Comente a matéria e ajude-nos a criar uma verdadeira sociedade livre e
democrática, porque essa feira... TÔ FORA!
Michelli
Mortari.
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
O VÔO DA BORBOLETA
Agora, um poquinho de literatura para vocês!
O VÔO DA BORBOLETA
As cinzas ainda espiralavam das chamas que a brisa fraca
soprava do leste. O sol, tão impiedoso quanto o ato que destruiu aquele lugar,
baixava no horizonte, como se também estivesse banhado de sangue, igual a terra
sob os pés da garota. A única sobrevivente.
Que poder ela possuía para que tivesse escapado?
Pequenas lágrimas desciam pelo seu rosto sujo de fuligem,
enquanto os olhos observavam o vôo da borboleta. Uma mancha de cores entre as
plantas secas que rodeavam a paisagem local.
Havia três dias que ela nada comia. Bebera água com
dificuldade, em um poço artesanal que fora abandonado tempos atrás. Sua roupa
rasgada e imunda balançava junto com seus cabelos negros. A sua frente à
estrada estava desimpedida e aguardava sua decisão de segui-la. Não havia mais
nada para ela ali. Durante estes três dias, procurou incansavelmente por vida
entre os escombros. Nada.
Desejou profundamente ser uma borboleta e ter asas ao invés
de sentimentos. Assim, poderia fugir para bem longe daquele lugar e das
lembranças que assomavam em sua memória a todo momento.
Eliza, como se chamava a garota, tenta se aproximar da
borboleta, mas esta não estava ali apreciando a seca e a morte, apenas fugia em
busca de campos floridos onde pudesse viver. Com passos lentos e desajeitados,
Eliza segue o vôo da borboleta sem saber por que faz isso. Quando o sol já
estava em seu último ato, ela chega à beira de um abismo. “É fácil, basta imaginar as asas” – sussurra-lhe uma voz que ela
imagina ser da borboleta. Se lançar-se dali, poderia partir para uma outra
vida, ou para a escuridão eterna.
Quem ela poderia vingar? Quem ela poderia culpar pelo
incêndio devastador que queimara tudo e todos que conhecia? Se um dia houvera
um culpado, este estava junto aos outros, morto.
A borboleta parece entender os pensamentos de Eliza e pousa
em seu ombro. Nesta terra, acredita-se que isto signifique sinal de boa sorte.
A garota tenta toca-la. Está tão fraca e ferida que não consegue erguer a mão.
Tinha vertigens e seus joelhos teimavam em curvar-se. Ela que fora bondosa e
valente em toda sua curta vida, podia render-se agora.
Sem qualquer aviso, ou som, a borboleta bateu suas asas e
voou na imensidão escura que se abria a sua frente. Eliza que desejara com toda
sua alma ser uma borboleta flutuava agora para um reino distante, onde não
havia medo, morte ou dor.
Michelli Mortari.
Todos os créditos para a autora.
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